6.12.10

2010

Dois mil e dez. Foi um ano crucial para mim. Havia deixado para trás os moinhos. Fui praticamente um espectro. Deixei de lado por um momento meus sonhos e até, confesso, deixei de acreditar neles.

Foi aí que, de repente, sofri a Metamorfose. Sim, Kafka me tirou do fundo do poço e com todo seu pessimismo causou em mim uma reação adversa. Eu podia. Eu posso. Fui eu quem acordou de um sono pesado, semelhante a um desmaio... e quem diria... parti de Praga para a Terra do Nunca e com o Peter Pan aprendi que tudo é possível e que nunca ninguém envelhece ou morre vivo, se não quiser...

E aqui estou eu. Dessa minha viagem heróica. De volta a La Mancha. De onde eu nuca deveria ter saído.
 
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