30.11.09

bete dorgam

Fui fazer o curso sem nehuma pretenção.
Sem saber o que ia ser.
E de repente.
Foi a melhor coisa que eu fiz por mim.
Na vida.
Descobri coisas lindas.
Ouvi.
Senti.
Como não sentia.
Como não ouvia.
Chorei.
E tive um nariz.
Que agora é meu.

23.11.09

ovo disfarçado

Estou divulgando essa peça fofíssima. Vale muito a pena ir prestigiar. O espaço é lindo. As atrizes estão ótimas. E o tema, embora pareça nonsense, faz a gente refletir muito e se deliciar com ovos espalhados no jardim.






“O DISFARCE DO OVO” PROPÕE UMA REAÇÃO À OBRA DE CLARICE LISPECTOR, USANDO A ESCRITURA CORPORAL PARA ENCENAR O UNIVERSO EPIFÂNICO DA AUTORA


“O Disfarce do Ovo”, do Coletivo Teatro Dodecafônico, faz temporada na Casa de Dona Yayá, no Bixiga, em São Paulo, até 20 de dezembro. O Coletivo de artistas trás como proposta uma reação ao universo epifânico de Clarice Lispector, a partir dos contos “A Legião Estrangeira” e “O Ovo e a Galinha”. Criada coletivamente, a dramaturgia explora a escritura corporal, substituindo as palavras por imagens para a construção da encenação, composta por 7 quadros. Cada quadro parte de um ponto específico: uma partitura corporal ou sonora, a relação com um objeto, um recorte de espaço, sempre sobrepostos a textos diversos. O treinamento corporal das atrizes foi baseado em princípios técnicos desenvolvidos por Klauss Vianna.


Sendo o corpo o suporte e o condutor para a materialização da experiência, o espaço cênico reproduz um lugar de intimidade, comportando apenas 25 pessoas por sessão. Durante a encenação, os presentes vivem a encenação ao lado das atrizes, transitando por espaços que sugerem ambientes domésticos. O público percorre, ao mesmo tempo, caminhos de estranhamento da alma e da memória, compartilhando o mundo interior da autora.


A escolha por espaços alternativos é parte da pesquisa do grupo, que entende a arquitetura na qual a peça será apresentada como primeiro desafio à instalação das cenas. Os detalhes arquitetônicos da Casa de Dona Yayá incrementam ainda mais a encenação, já que a casa é apresentada ao espectador como ela é.


A Casa é um dos mais conhecidos bens culturais da Universidade de São Paulo, tombado pelo Condephaat. Na primeira metade do século passado, foi habitada por Dona Yayá por mais de 35 anos, e se transformou, com o agravamento de sua suposta insanidade mental, em sua própria alcova. Há todo um mito que ainda cerca a casa, que é considerada um dos últimos exemplares de chácaras urbanas em São Paulo. É uma das poucas casas que ainda guarda paredes trabalhadas pelas mãos de restauradores. É possível ver as diversas camadas de tinta pelas quais passou ao longo de um século ou mais.


Local: Casa de Dona Yayá Rua Major Diogo, 353 - Bixiga

Sábados às 20h e domingos às 19h.

Criação do Coletivo Teatro Dodecafônico.

Capacidade 25 lugares.

Para maiores de 14 anos.

Até 20/12.

Ingressos: 20,00 (inteira) e 10,00 (meia).

Reservas pelo telefone: 7674.4062.

Se chover não haverá apresentação.


Sinopse: A encenação revela uma série de encontros: duas mulheres, uma menina, um ovo, um pintinho. Ao percorrer uma trajetória fragmentada, o espectador é convidado a transitar pelo jardim e pelo interior da casa, caminhos de estranhamento da alma e da memória. Por meio da linguagem corporal, duas atrizes reagem ao universo epifânico da escritora Clarice Lispector. Apenas 25 pessoas assistem cada apresentação.




FICHA TÉCNICA Encenação: Verônica Veloso Co-encenação: Paulina Caon Intérpretes criadoras: Beatriz Cruz e Gabriela Cordaro Preparação corporal: Verônica Veloso e Paulina Caon Espaço cênico, arte-gráfica e fotografia: Renata Velguim Figurino: Jorge Wakabara Concepção de luz: Taty Kanter Audiocenografia: Felipe Julian Vídeos: Marina Bastos Produção: Coletivo Teatro Dodecafônico

19.11.09

múmia viva

É incrivel como os altos e os baixos de sua vida muitas vezes tem a ver com que a gente tá fazendo em sala de ensaio. Não sei se estou pronta para voltar a escrever no blog. Estou sem ânimo para qualquer coisa. Desacreditada. Da vida. Do Amor. Em profunda tristeza.



Odeio quando me dizem que vai passar. Odeio quando me falam coisas cruéis. Eu queria ficar trancada no meu ármário. Esperando que algo mude. Não ouvir mais niguém. Nãa pensar em nada. Apenas existir. Automaticamente.



Só me impressiono como isso é parecido com Amália. A Múmia. Meu personagem do momento. Eu sou ela. Agora. Espero que não pra sempre.



Espero que a vida me guarde personagens mais felizes.



Amália, eu, Múmia
 
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