23.6.09

sobre espectros e limites

Quatro e trinta e cinco da manhã. Fazia tempo que a leitura de um texto não me tirava um sono. Curioso é isso acontecer depois da quarta leitura do mesmo texto. Sim, quarta. Tomara que a quinta, a sexta a sétima e a oitava não me deixem meses sem dormir.

A Sonata dos Espectros é difícil de entender. A primeira leitura é surreal. Mas, ao contrári odo que deveria ser, instiga a ler mais uma vez e mais outra. E a cada leitura alguns significados vão dando forma. E a aparente falta de lógica vai angustiando, angustiando. Até explodir.

Porque não se quer que a vida passe sem sentido. E deixar coisas para trás simplesmente porque são incompreensíveis a primeira vista me parece fugir. E talvez seja sobre isso que o texto fale. E talvez seja sobre isso que eu queira falar.

Ficar na mesma. A vida toda. Faz a gente apodrecer. E ter medo. Medo de enfrentar. Cresce no peito uma angústia que não passa e suga nossas energias. Talvez o meu "eu no teatro" queira dizer para as pessoas que elas devem seguir em frente. Seguir seu sonho. Seja ele qual for. Não. Não é talvez. É sobre isso que eu quero falar e é nisso que eu acredito.

Quixote diz isso da forma mais bonita que existe. Talvez seja a hora de levarmos um tapa na cara. E mostrarmos a angústia que tem por trás de estagnar e não ultrapassar seus limites. De repente essa crise pela qual o grupo tem passado queira nos dizer isso... Strindberg cada vez mais me vem como uma resposta possível.

E essa insônia de hoje está me deixando muito feliz. É como uma volta a vida.

Um comentário:

Portuga disse...

tava faltando tesão.... acho q Strindberg é afrodisíaco.... du caralho q td mundo comprou a idéia.... e realmente, veio a calhar.... vâmo timê!!! bjo

 
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