
Ali já via que algo de epecial estava para acontecer. Paris é o sonho de todos
que fazem teatro. Lá ele acontece. Mas só estando naquela tarde no SESC
Belenzinho é que eu pude sentir essa força. Me senti pequena. Mas maravilhada.
Aquilo sim é um ritual. Trabalho pelo teatro. A própria diretora te recebe. As próprias pessoas do grupo te oferencem um jantar maravilhoso. Com direito a queijo,vinho e mel. Seis horas de espetáculo. Achei que ia ser cansativo. Tipo Teatro Oficina. Não. Quando acabou eu queria mais.

O cenário. A arena. Pequenos pedaços de lares que giravam em pequenos palcos com rodinha. Eu daria qualquer coisa para ser uma daquelas pessoas que só empurrava os cenários. A cada momento eu pensava que podia ser uma daquelas personagens. Em um espetáculo com um tema tão individualista cada um do público podia ver um pedaço de si mesmo naqueles atores. Tão envolvente quanto um filme de cinema. Tão perfeito que parecia não estar ali.
Se aqui no Brasil um dia eu conseguir ver algo que de longe se assemelhe a essa experiência eu vou ter certeza que vale a pena. Quem sabe um dia.
Senti o que realmente é teatro. Nunca vou esquecer. Nunca será efêmero.
legenda:
foto 1 - Os pequenos palcos que giram
foto 2 - Juliana Carneiro da Cunha (Madme. Diaz) e Shaghayegh Beheshti (Perle)
Um comentário:
O melhor que já vi na vida toda. Quase pensei em abandonar o teatro. Mas aí resolvi ir em busca de algo assim pra ser feliz na vida. Quando atingir esse patamar, posso morrer tranqüila.
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