17.6.08

lição de uma batalha quase perdida

Um cavaleiro andante não vence todas as batalhas.
Um cavaleiro andante é ignorado por muitos.
Um cavaleiro andante sobe em aindames quando ninguém mais o quer.

E assim Quixote passou por Mogi Guaçu. Em um teatro muito longe do ideal. Não pela suas instalações. Mas pela disposição das pessoas ali presentes. Eu nunca recomendaria o Centro Cultural dessa cidade. Que trata o elenco com patadas. Que manda um técnico de luz que não sobe em aindame. Que faz os atores subirem seis metros para afinar a luz.

O responsável nunca apareceu para nem ao menos cumprimentar. Varremos o palco sujo. Fizemos a peça com a nossa diginidade. Ao final. Uma mulher armário escurraçou a gente de lá. Mandando a gente carregar até tijolos. Com nojo da gente. Muito puta por estarmos ali ocupando aquele lugar.

Não Quixote. Não desanime. Você passou por truculentas dificuldades. Perdeu os dentes. Mas ali na platéia. Pequena que seja. Pela falta de empenho das pessoas em divulgar. Lá. Teve algumas pessoas que te olharam com cumplicidade. Jovens pessoas. Jovens alunos. Que de braços abertos te receberam. E se uma pessoa ficou tocada. Fez valer a pena.

Seguimos a batalha.

O vento não para.




(ciclo da vida, esperança - Quixote em Mogi Guaçu)

2 comentários:

René Piazentin disse...

O ciclo da esperança faz de cada um um neto do Chaplin.

Jessie Miranda disse...

infelizmente nem todo mundo sabe dar o devido valor que um ator merece....
=/
digo mais
não sabem dar o valor num espetáculo

 
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