26.3.08

mãos ao alto

Estou me sentindo de volta ao passado. Na época que eu tinha o "Baba Blog". Alguns devem lembrar. Nele eu reportava a minha incredulidade perante notícias bizarras da humanidade. Célebres relatos como: "Rato gordo morre entalado em impressora" e "O homem que coleciona e se orgulha de ter a maior bola de arame farpado do mundo".

Vamos aos fatos. Esses últimos dias foram marcados pelo Festival de Teatro de Curitiba. Cidade em polvorosa. Milhares de peças acontecem no circuito oficial e no circuito off (Mostra Fringe). O Festival ocorre há anos. A cidade inteira se prepara sempre para receber os atores. Peças acontecem nas ruas, praças e avenidas.

Aí é que está o bizarro. Abajour Lilás. Plínio Marcos. Texto violento. E... arma na cabeça. E não era encenação. Um vendedor ambulante se invocou com o texto cheio de palavrões e, se passando por um policial militar, apontou uma arma para a cabeça dos atores.

Nem Augusto Boal conseguiria uma reação tão espantosa. Muito menos Plínio Marcos suspeitaria de tal cretinice, com todo conhecimento sobre o submundo.

Em Curitiba não se fala palavrão. Afirmou o falso policial. Atores correndo. Ninguém foi preso. Mas o ambulante deveria ter recebido o Oscar de maior sem noção. Essa província chamada Brasil às vezes me assusta.

Corram. Corram.

Se ficar o bicho come.

notícia original: http://jornale.com.br/zebeto/2008/03/23/abajur-lilas-e-arma-na-cabeca-dos-atores/

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