Se há uma palavra perseguidora é essa. Mesmo quando tudo parece estar bem ela chega e arrasa. Como se escolher ser atriz trouxesse de brinde a ansiedade.
Ela chega porque nada acontece. Ela chega porque tudo acontece. Ela chega porque o novo está por vir. Ela chega porque não se sabe o que virá. E se virá...
Porque eu sei que sou atriz. Mas sustentar esse papel é uma tarefa bem difícil. Porque eu sei que sou o que não tem firmeza. Sou volátil. Vou e venho. E a única certeza é que nada é certo. Tão longe estou da matemática.
E essa angústia no meio do peito. Chorar. Sair correndo. Gritar. E querer que tudo aconteceça ao mesmo tempo. Tendo medo que desse tudo não se dê conta. E perder. Evaporar.
Às vezes me sinto como Carolina. Sem me dar conta do tempo passando pela janela. Outras vezes me sinto como se quisesse ser mais rápida que o tempo. Por isso que o tempo no palco me conforta. Porque é irreal. Corre conforme eu quero. Para. Vai.
Ansiedade.
Quero dormir.
Só acordar quando chegar lá.
9.6.08
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Um comentário:
... aquela coisa de sair correndo pela casa gritando "Incêndio!"
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